quinta-feira, 27 de maio de 2010

Drug Me

Vira-e-mexe, entre uma Marcha Pela Maconha e outra, aparece uma discussão séria sobre a descriminalização das drogas ilegais. Porém os argumentos usados são sempre muito fracos. Como não pretendo fazer nenhum tratado sobre o assunto aqui, desejo apenas dar minha opinião sobre os ditos mais comuns.

1. A legalização vai acabar com o tráfico e, conseqüentemente, com o crime organizado. Furada total. Os bandidos apenas vão migrar para outros setores criminosos, diversificando os negócios, como seqüestro, assalto a bancos e pessoas, tráfico de armas, contrabando... ou você acha que, uma vez liberadas as drogas, o traficante vai assinar os sete dias grátis da Catho e procurar emprego?

2. O usuário poderá comprar droga de boa qualidade, com impostos inclusos e receita médica. Outra bobagem. Imagine, por exemplo, quanto vai custar um pacote de cocaína da Bayer. Você acha que não vai continuar havendo quem venda ilegalmente, assim como existem as lojas e existem os camelôs?

3. O consumo não vai aumentar, quem usa, usa de qualquer jeito. Talvez. Mas Amsterdã, da qual não possuo estatísticas sobre isso, virou uma Disneylândia Junkie, e isso é inegável. Imagine só nóias de toda a América Latina vindo curtir um barato aqui. Já temos a fama de mulheres fáceis, prostituição infantil, corrupção, vagabundagem, subdesenvolvimento... queremos mais esse rótulo?

4. Álcool e cigarro também são drogas e são liberadas. Sim, o álcool é, de longe, a droga que mais destrói famílias e o cigarro, o que mais onera a saúde pública. Porém não é porque você deixou cair um copo da bandeja que vai jogar tudo no chão de uma vez.

E deixo uma pergunta: por que o alucinógeno Santo Daime é permitido? Então os maconheiros podem se declarar devotos de Jah? Posso venerar a Nossa Senhora do Speedball?

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Death Proof

كلادية diz (11:16):
chocante foi o que a diarista me contou que está acontecendo no bairro dela

كلادية diz (11:17):
os caras deixam crianças costuradas, sem órgãos, com um saquinho com 800 reais dento, agradecendo a mãe e informando que a criança "não sofreu"


Não tem cara de lenda urbana? Que apuração essa pessoa fez pra dizer isso? Este é o mal: a credulidade; se alguém de confiança ou algo parecido disse, então é verdade. Não sei se é mal de jornalista querer fonte de tudo, mas isso me parece uma mentira das mais cabeludas, do naipe da agulha com aids no cinema ou do cara que acorda sem os rins. Como diz um amigo, EU QUERO É PROVA.

Om Hundrede Aar Er Alting Glemt (II)

Acordou morto? Morreu e não sabe mais como conviver com isso? Seus problemas acabaram!

Sites prometem ''vida digital'' após a morte

Empresas de internet oferecem serviços que vão do envio de e-mails de despedida à revelação de segredos que ficaram guardados por anos

A vida eterna existe. Pelo menos no mundo digital. Junto com a expansão da internet e das redes sociais, houve uma explosão de sites que se oferecem para, após a morte, manter seu perfil no Facebook, mandar uma mensagem de e-mail ou manter um site por 25 anos. Outros propõe um serviço de administração da vida digital após sua morte, borrando progressivamente sua existência.

O maior dos sites de relacionamento social, o Facebook, estima que 3% de seus usuários já morreram. No fim de 2009, a empresa anunciou serviços para manter o perfil dos mortos, mesmo que por anos. "Quando alguém parte, não ficam apenas em nossas memórias, mas também ficam em nossas redes sociais", diz o site em sua página de blogs. "Para refletir essa realidade, criamos um memorial de perfis, um lugar onde as pessoas podem salvar e compartilhar suas memórias sobre pessoas que morreram", explica.

Há duas opções para ter seu perfil nessa galeria. O usuário pode pedir ao Facebook ou família e amigos podem tomar a iniciativa. Para isso, o site pede uma prova de relacionamento com o morto ou mesmo um certificado de óbito. O site afirma que informações consideradas sensíveis são retiradas, como telefone e endereço. O perfil é congelado, para que ninguém possa modificá-lo.

Última palavra. Empresas na Europa e nos Estados Unidos administram a vida digital de mortos. No caso de executivos ou banqueiros, sites permitem que um código de uma conta ou programa não desapareça com a morte. O site manteria a informação protegida e, a cada mês, envia um e-mail ao detentor do segredo. Se no terceiro e-mail não houver resposta, o site considera que é hora de enviar a mensagem para a pessoa designada com o segredo. O site admite: em caso de um coma prolongado, o sistema não funciona.

No MyLastEmail.com, uma pessoa pode planejar um e-mail de despedida para depois de sua morte. Um amigo próximo daria o sinal verde para o envio. O pagamento anual varia entre US$ 50 e US$ 100.

Há ainda a possibilidade de programar para uma data futura o envio de um e-mail por parte do falecido. O serviço chega ao ponto de oferecer o envio de e-mails na data de aniversário de um familiar, anos depois da morte do dono da conta. Claro, quanto mais serviços encomendados e mais anos de duração, mais cara é a cobrança em vida.

"Superando a morte." Esse é o lema do site DeathSwitch.com. A empresa promete, por exemplo, ajudar o falecido a não levar segredos para a túmulo. "Não morra e leve consigo segredos", diz o site. A ideia é a de que, diante da morte do dono de uma conta de e-mail, a empresa envie uma mensagem em nome do morto revelando segredos guardados por anos.

Outro serviço é o do site GreatGoodbye.com, que oferece enviar a familiares e pessoas designadas de antemão como é que o falecido gostaria que seu funeral ocorresse.

A gestão da vida digital de um pessoa ainda é oferecida pela LegacyLocker.com, que promete bloquear todas as contas e e-mails do usuário morto, protegendo dados relevantes e evitando a atuação de hackers ou mesmo de organizações criminosas.


[ http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100509/not_imp549166,0.php ]