sábado, 30 de setembro de 2006
Prefeito do PSDB é preso por comprar votos no Pará
A Justiça Eleitoral do Pará fez ontem a primeira prisão por crime eleitoral no Estado nesta eleição. A juíza eleitoral da 33ª zona, Rita Helena Barros Fagundes Dantas, prendeu em flagrante Fernando Edson dos Santos Loureiro (PSDB), prefeito de Santarém Novo, à 180 quilômetros de Belém, quando trocava cestas básicas por votos à candidatos do PSDB.
De acordo com o jornal Diário do Pará, a prisão aconteceu, quando a juíza viu que muitas pessoas se aglomeravam em uma casa, de propriedade do prefeito, e desconfiou da movimentação. Ao entrar no local, encontrou, trancados em dois quartos, uma grande quantidade de material de propaganda e produtos alimentícios, como arroz, óleo, charque, biscoito, sal e café, além de caixas de papelão para a entrega de cestas básicas. Dezesseis caixas já estavam prontas.
Entre o material apreendido, estavam santinhos do deputado federal Nilson Pinto (PSDB) e do deputado estadual André Dias (PSDB), além de adesivos do candidato a presidente Geraldo Alckmin e do deputado estadual Pio Neto (PTB).
A juíza também recolheu um caderno com anotações de nomes e localidades e outro com relação de pessoas, valores monetários e materiais de construção. No meio desse material, estava o título de uma eleitora. O prefeito foi enquadrado no artigo 299 do Código Eleitoral, que dispõe sobre compra de votos, pagou fiança e foi liberado na manhã desta sexta-feira.
http://noticias.terra.com.br/eleicoes2006/interna/0,,OI1166446-EI6671,00.html
De acordo com o jornal Diário do Pará, a prisão aconteceu, quando a juíza viu que muitas pessoas se aglomeravam em uma casa, de propriedade do prefeito, e desconfiou da movimentação. Ao entrar no local, encontrou, trancados em dois quartos, uma grande quantidade de material de propaganda e produtos alimentícios, como arroz, óleo, charque, biscoito, sal e café, além de caixas de papelão para a entrega de cestas básicas. Dezesseis caixas já estavam prontas.
Entre o material apreendido, estavam santinhos do deputado federal Nilson Pinto (PSDB) e do deputado estadual André Dias (PSDB), além de adesivos do candidato a presidente Geraldo Alckmin e do deputado estadual Pio Neto (PTB).
A juíza também recolheu um caderno com anotações de nomes e localidades e outro com relação de pessoas, valores monetários e materiais de construção. No meio desse material, estava o título de uma eleitora. O prefeito foi enquadrado no artigo 299 do Código Eleitoral, que dispõe sobre compra de votos, pagou fiança e foi liberado na manhã desta sexta-feira.
http://noticias.terra.com.br/eleicoes2006/interna/0,,OI1166446-EI6671,00.html
sexta-feira, 29 de setembro de 2006
Os golpistas estão descontrolados!
FHC não foi aos debates em 98 no primeiro turno; no segundo, a Globo resolveu nem fazer debate. Mas, agora, debate virou a coisa mais importante e relevante do mundo.
Fotos de uma investigação que corre em sigilo "misteriosamente vazam" para a imprensa. Engraçado que é exatamente o mesmo tipo de "golpe baixo" que a compra do dossiê seria.
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI1166556-EI6578,00.html
O conteúdo do dossiê e as acusações dos Vedoins não foram nem investigadas, nem divulgadas com o mínimo de boa vontade.
http://www.comunique-se.com.br/index.asp?p=Conteudo/NewsShow.asp&p2=idnot%3D31935%26Editoria%3D8%26Op2%3D1%26Op3%3D0%26pid%3D41273985600%26fnt%3Dfntnl
E vamos que vamos. Calma que este não é um blog político, mas tô sem tempo pra fazer posts mais elaborados.
Fotos de uma investigação que corre em sigilo "misteriosamente vazam" para a imprensa. Engraçado que é exatamente o mesmo tipo de "golpe baixo" que a compra do dossiê seria.
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI1166556-EI6578,00.html
O conteúdo do dossiê e as acusações dos Vedoins não foram nem investigadas, nem divulgadas com o mínimo de boa vontade.
http://www.comunique-se.com.br/index.asp?p=Conteudo/NewsShow.asp&p2=idnot%3D31935%26Editoria%3D8%26Op2%3D1%26Op3%3D0%26pid%3D41273985600%26fnt%3Dfntnl
E vamos que vamos. Calma que este não é um blog político, mas tô sem tempo pra fazer posts mais elaborados.
...e ele também não sabia de nada.
De Mônica Bergamo: "Na lista de pessoas já ajudadas por Paulo Okamotto aparece _surpresa!_ Cristóvam Buarque. Em 94, o então governador de Brasília foi pivô de um dos primeiros escândalos petistas, quando concordou em receber R$ 200 mil da Odebrecht para cobrir buracos da campanha. A 'solução Odebrecht' foi dada pelo tesoureiro da campanha de Lula. Ele mesmo, Okamotto. Cristóvam diz que 'não sabia disso, não'. Segundo ele, a empreiteira contribuiu porque 'queria apoiar alguém que levantasse a bandeira da educação'. Em 94, a Odebrecht integrava o consórcio de empresas contratadas para construir o metrô de Brasília."
Ah, entendi: desde que seja "levantando a bandeira da educação", então vale tudo. Então tá.
Ah, entendi: desde que seja "levantando a bandeira da educação", então vale tudo. Então tá.
quinta-feira, 28 de setembro de 2006
Na imprensa brasileira, pau que bate em Chico NÃO bate em Francisco.
Por que isso não aparece na mídia com o mesmo estardalhaço que a história da compra do dossiê?
"Em suas investigações, a Polícia Federal descobriu que, em 2001, chegou uma denúncia anônima encaminhada diretamente a José Serra e protocolada no Ministério da Saúde. Segundo o relatório da PF, a denúncia “dá conta da prática de diversos crimes”. Havia dois acusados. Um deles era Platão Fischer Puhler, diretor do Departamento de Programas Estratégicos e um dos homens de confiança do ministro. O outro era o empresário Jaisler Jabour, que mais tarde se descobriu ser o chefe do braço na iniciativa privada dos vampiros. Segundo a denúncia, Platão estava cometendo “as maiores barbaridades” no milionário setor de compras, em parceria com Jabour. Ele dizia que a preferência dos envolvidos era por compras internacionais, que facilitariam depósitos em contas bancárias estrangeiras. “O que está ocorrendo nesta área é um escândalo”, dizia a denúncia. A polícia constatou que Serra recebeu o documento. E leu. O que fez Serra? Em vez de protocolar um ofício formal na PF, mandou o próprio Platão, o acusado, ir lá para denunciar a si mesmo. Curiosamente, nada aconteceu. O caso dos vampiros só estourou três anos depois, durante o governo Lula."
[ http://www.terra.com.br/istoe/1927/brasil/1927_serra_e_os_vampiros.htm ]
"Em suas investigações, a Polícia Federal descobriu que, em 2001, chegou uma denúncia anônima encaminhada diretamente a José Serra e protocolada no Ministério da Saúde. Segundo o relatório da PF, a denúncia “dá conta da prática de diversos crimes”. Havia dois acusados. Um deles era Platão Fischer Puhler, diretor do Departamento de Programas Estratégicos e um dos homens de confiança do ministro. O outro era o empresário Jaisler Jabour, que mais tarde se descobriu ser o chefe do braço na iniciativa privada dos vampiros. Segundo a denúncia, Platão estava cometendo “as maiores barbaridades” no milionário setor de compras, em parceria com Jabour. Ele dizia que a preferência dos envolvidos era por compras internacionais, que facilitariam depósitos em contas bancárias estrangeiras. “O que está ocorrendo nesta área é um escândalo”, dizia a denúncia. A polícia constatou que Serra recebeu o documento. E leu. O que fez Serra? Em vez de protocolar um ofício formal na PF, mandou o próprio Platão, o acusado, ir lá para denunciar a si mesmo. Curiosamente, nada aconteceu. O caso dos vampiros só estourou três anos depois, durante o governo Lula."
[ http://www.terra.com.br/istoe/1927/brasil/1927_serra_e_os_vampiros.htm ]
segunda-feira, 25 de setembro de 2006
Trabalho e idiotice
Hoje, qualquer idiota com dinheiro monta uma empresa. E coloca idiotas sem dinheiro para trabalhar.
Cada vez mais os idiotas com dinheiro pegam migalhas do mercado, subnichos dos subnichos, trabalhando com quarteirização, quinteirização e sexteirização de serviços.
E os idiotas sem dinheiro fazem cada vez mais trabalhos irrelevantes, tão fragmentados que não conseguem ter a menor idéia do produto final, nem conseguem se reconhecer nele.
Nada mais que a pequena parte de um pequeno processo para um pequeno produto que serve a uma pequena empresa que vende para outra pequena empresa que repassa para o pequeno consumidor.
Não apenas o idiota sem dinheiro é alienado do produto do seu trabalho (devido à fragmentação da produção), como é alienado de sua utilidade; se antes o problema era não ter dinheiro para comprar o que produzia, hoje o problema é o produto não lhe ter nenhuma utilidade.
O trabalho dos idiotas sem dinheiro, com seus sub-salários, perde a importância, enquanto os idiotas com dinheiro lucram com suas sub-empresas de subprodutos.
Cada vez mais os idiotas com dinheiro pegam migalhas do mercado, subnichos dos subnichos, trabalhando com quarteirização, quinteirização e sexteirização de serviços.
E os idiotas sem dinheiro fazem cada vez mais trabalhos irrelevantes, tão fragmentados que não conseguem ter a menor idéia do produto final, nem conseguem se reconhecer nele.
Nada mais que a pequena parte de um pequeno processo para um pequeno produto que serve a uma pequena empresa que vende para outra pequena empresa que repassa para o pequeno consumidor.
Não apenas o idiota sem dinheiro é alienado do produto do seu trabalho (devido à fragmentação da produção), como é alienado de sua utilidade; se antes o problema era não ter dinheiro para comprar o que produzia, hoje o problema é o produto não lhe ter nenhuma utilidade.
O trabalho dos idiotas sem dinheiro, com seus sub-salários, perde a importância, enquanto os idiotas com dinheiro lucram com suas sub-empresas de subprodutos.
quinta-feira, 21 de setembro de 2006
Algumas perguntas sobre o caso do dossiê
Este é mais um blog que ninguém lê, desta vez com opiniões irrelevantes e de interesse nulo sobre assuntos quaisquer. O outro fica para prosa poética introspectiva, etc. e este aqui para crônicas, ensaios e análises mais ou menos objetivas. Comecemos, pois, com política.
1. Por que o PT arriscaria uma eleição praticamente ganha para tentar a compra de um dossiê cujo conteúdo está metade na Istoé da semana passada (grátis no site), metade num vídeo que está de graça no Youtube? Claro que pode ser verdade, o que comprovaria uma extrema burrice do setor do partido responsável pela ação atabalhoada. Afinal, a vantagem do Serra é tão grande que não há tempo hábil para a denúncia reverberar nos votos a ponto de pôr em risco sua eleição. Por outro lado, não é mais interessante à oposição fazer Lula sangrar mais um pouco para trazer mais uns votos para o Legislativo dela?
2. Por que a mídia, em nenhum momento, questiona o teor das acusações do tal dossiê? Por acaso o crime de tentar comprar as informações é maior do que o envolvimento direto do Serra com os sanguessugas? Lembra-me o caso do Palocci, em que a imprensa fez barulho por causa da quebra do sigilo do caseiro, “esquecendo” de que o sujeito havia recebido R$ 20 mil na conta uma semana antes da “denúncia”?
3. Não é suspeitíssimo que o PSDB-PFL venha comentando há algumas semanas, como indicado em blogs políticos (Josias de Sousa, Fernando Rodrigues, etc.) sobre a possibilidade de um ”fato novo” bombástico que seria a última tacada da oposição para forçar um segundo turno? Isso não lembra a tal ex-mulher do Lula que surgiu às vésperas da eleição presidencial em 1989?
4. A mídia nunca esteve tão em cima de um governo, e nunca, em nenhuma presidência, houve tanta liberdade de atuação e investigação por parte da PF. E o que foi provado até agora, desde a onda de escândalos e denuncismos? Caixa 2?
5. Também não se deve suspeitar de isso aparecer coincidentemente quando a campanha do Geraldo fica mais agressiva e, ao menor sinal de fogo, o PFL pedir impeachment?
Como eu já disse, pode haver meias-verdades, pode ser tudo verdade ou tudo mentira. Só não me deixo levar pelos Marinhos, Frias e Mesquitas, conhecidos de outros carnavais golpistas. Portanto sigo acompanhando atenta a criticamente os noticiários, à espera dos esclarecimentos, que se punam os culpados, caso haja, de ambos os lados. Tanto do governo, que muito provavelmente vem dando seus deslizes (alguma coisa disso tudo deve ser verdade) quanto da oposição que, no governo do estado, engavetou 70 CPIs e, na presidência, teve um "engavetador geral da república" para abafar até privataria e compra de votos. Enfim...
[Depois eu volto a esse assunto, não quero que o blog fique monotemático.]
1. Por que o PT arriscaria uma eleição praticamente ganha para tentar a compra de um dossiê cujo conteúdo está metade na Istoé da semana passada (grátis no site), metade num vídeo que está de graça no Youtube? Claro que pode ser verdade, o que comprovaria uma extrema burrice do setor do partido responsável pela ação atabalhoada. Afinal, a vantagem do Serra é tão grande que não há tempo hábil para a denúncia reverberar nos votos a ponto de pôr em risco sua eleição. Por outro lado, não é mais interessante à oposição fazer Lula sangrar mais um pouco para trazer mais uns votos para o Legislativo dela?
2. Por que a mídia, em nenhum momento, questiona o teor das acusações do tal dossiê? Por acaso o crime de tentar comprar as informações é maior do que o envolvimento direto do Serra com os sanguessugas? Lembra-me o caso do Palocci, em que a imprensa fez barulho por causa da quebra do sigilo do caseiro, “esquecendo” de que o sujeito havia recebido R$ 20 mil na conta uma semana antes da “denúncia”?
3. Não é suspeitíssimo que o PSDB-PFL venha comentando há algumas semanas, como indicado em blogs políticos (Josias de Sousa, Fernando Rodrigues, etc.) sobre a possibilidade de um ”fato novo” bombástico que seria a última tacada da oposição para forçar um segundo turno? Isso não lembra a tal ex-mulher do Lula que surgiu às vésperas da eleição presidencial em 1989?
4. A mídia nunca esteve tão em cima de um governo, e nunca, em nenhuma presidência, houve tanta liberdade de atuação e investigação por parte da PF. E o que foi provado até agora, desde a onda de escândalos e denuncismos? Caixa 2?
5. Também não se deve suspeitar de isso aparecer coincidentemente quando a campanha do Geraldo fica mais agressiva e, ao menor sinal de fogo, o PFL pedir impeachment?
Como eu já disse, pode haver meias-verdades, pode ser tudo verdade ou tudo mentira. Só não me deixo levar pelos Marinhos, Frias e Mesquitas, conhecidos de outros carnavais golpistas. Portanto sigo acompanhando atenta a criticamente os noticiários, à espera dos esclarecimentos, que se punam os culpados, caso haja, de ambos os lados. Tanto do governo, que muito provavelmente vem dando seus deslizes (alguma coisa disso tudo deve ser verdade) quanto da oposição que, no governo do estado, engavetou 70 CPIs e, na presidência, teve um "engavetador geral da república" para abafar até privataria e compra de votos. Enfim...
[Depois eu volto a esse assunto, não quero que o blog fique monotemático.]
Assinar:
Postagens (Atom)