quinta-feira, 30 de outubro de 2008

¿O que pode essa língua?

Nunca disse “em mangas de camisa”, mas acho engraçado quando leio isso num livro – e é comum nos mais antigos. Acho xixi pior que mijo, e cocô, pior que merda. Gosto de dizer “quiçá” de brincadeira, é uma palavra legal, e uma vez, numa conversa num pub, eu e um amigo dissemo-na ao mesmo tempo – caso provavelmente único no mundo. Sou meio avesso a estrangeirismos, por isso costumo usá-los em itálico, ou mesmo evitá-los. Não perco uma chance de mesoclisar. Minha palavra preferida é laranjeira, mas também adoro azálea – é minha flor preferida e tem um nome que expressa bem sua beleza; não gosto quando a chamam de azaléia (mesmo que o dicionário já aceite). Gosto da palavra palavra, e eu sei que já disse isto, mas só custar-me-ão algumas palavras para repetir: ainda morro de palavra!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Faça uma lista de grandes músicas sobre suicídio

A Day Without Me (U2)
Beyond The Realms Of Death (Judas Priest)
Exit (U2)
Fade To Black (Metallica)
Glemt (Enslaved)
In My Darkest Hour (Megadeth)
Lágrimas E Chuva (Kid Abelha)
Space-Dye Vest (Dream Theater)
Suicide Is Painless (M*A*S*H Soundtrack)
Suicide Veil (Anathema)
Viernes 3 AM (Charly García)
When All Else Fails (Skyclad)

[Percebe-se que no Brasil o suicídio é ainda mais tabu do que em outros lugares; exceto pela versão de Viernes 3 AM que Os Paralamas Do Sucesso fizeram, o tema segue inédito no pop-rock e mesmo no metal-sem-ser-splatter-porque-aí-não-vale, o que exclui também bobagens como o death metal Plunged In Blood, do Sarcófago. A músicas precisam ser dolorosas, realistas, não escatológicas.]

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Sum burrus, sum ducor.

A burrice, como eu costumo dizer, é a coisa mais democrática que existe: está ao alcance de todos, sem discriminação de sexo, posição social, religião, nada. Tem pra todo mundo. E é isso que eu sinto quanto aos paulistanos após a vitória acachapante do Kassab sobre a Marta ontem.

Os cidadãos-de-bem, dos quais morro de medo, esse tipo de gente escrota, stupid white men, preferirão (re)eleger um LADRÃO – sim, digo isso com todas as letras porque o patrimônio dele triplicou quando ele era secretário do Pitta – em detrimento da competente e honestíssima Marta, porque ela é “antipatias”, traiu o marido”, é “perua”. Além disso usam-se arjumentos como os coqueiros da Faria Lima (das plantas que o Alckmin colocou no Tietê, ninguém falou nada), do dinheiro gasto no túnel da mesma avenida – dinheiro que, por contrato, só podia ser gasto lá – e das ínfimas taxas de luz e lixo, que pouca diferença fizeram ao eleitorado demo-tucano, gentalha leitora de Veja, que vê Jornal Nacional e, assim acha que está informada sobre tudo e pode até se achar formadora de opinião.

Marta fez CEUs, Bilhete Único, acabou com a máfia dos transportes (e renovou toda a frota, além de fazer os corredores exclusivos), deu um puta talento cabuloso no Centro, fez os telecentros, a Galeria Olido. Mas a tucanalha paulista prefere acreditar que chega remédio em casa pra todo mundo que precisa, que realmente há dois professores em sala de aula (e não que um deles, e nem em todas as escolas tem, não passa de um estudante de Letras). Lembram da Lei Cidade Limpa, que, com seu radicalismo, faliu uma porção de empresas que trabalhavam com esse tipo de mídia. Ninguém lembra de ele espancando um senhor no posto de saúde, nem ele fazendo piada sobre o buraco do metrô – sobre o qual o responsável direto, Alckmin, jamais se pronunciou, ele mesmo que disse ter acabado com o PCC e sumiu também quando a cidade foi dominada pelos criminosos.

Ninguém lembra, aliás, fingem não lembrar, de que ele é LADRÃO, LADRÃO, LADRÃO, e de que Democratas é a putaquepariu, essa merda é o PFL, que, por sua vez, é Arena, e, antes, UDN. Deixemos tudo bem claro aqui: o paulistano médio é um estúpido que compra a idéia do “rouba e finge que faz”. Sou paulista e já desisti, repito.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Hacked up for barbecue

[17h14min] Sabe, às vezes sinto vergonha de minha profissão, dá vontade de pedir pra cancelarem meu MTB. O que a imprensa brasileira (sim, sei que mundo afora é assim também, mas estou falando específica e empiricamente daqui) faz com cada tragédia é uma coisa revoltante. Sempre tem o João Hélio da vez. Depois do moleque, cujo espetáculo de grotesquidão teve direito a apresentadores à Datena pedindo pena de morte, redução da maioridade penal e o caralho e demais absurdos "jogando pra torcida" e até uma reconstituição do crime filmada ao vivo!, tivemos os mesmos desdobramentos inúteis no caso Isabela Nardoni. Qualquer não-fato novo-velho era devorado com sofreguidão pelos abutres-jornalistas. E nos últimos dias tivemos uma emocionante [/bocejo] não-evento: vários dias com as câmeras focalizando uma janela semi-aberta, enquanto pseudocomentaristas de boteco faziam análises psico-sociológicas sobre o seqüestro da Eloá e de sua amiga Nayara. Chegou-se ao cúmulo de hoje, após consumada a tragédia, a Globo anunciar uma matéria com a intenção de "orientar os pais sobre o namoro de adolescentes". Morri. Sabem, eu ainda acredito no biscoito fino para as massas, no melhor estiulo mariodeandradeano. Temos, sim, uma curiosidade mórbida para as coisas, devido à nossa confusões para lidas com questões de vida/morte – tememos nossa finitude –, mas a imprensa devias dar o exemplo e educar os espectadores com um material mais analítico e menos sensacionalista. Encarar os monstros sem temer tornar-se um deles. E, em casos como esses, a mídia faz de todos nós criaturas desprezíveis. [17h23min]

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Vai indo que eu não vou

Recuso-me a falar de eleições num pleito no qual o LADRÃO do Kassab venceu o primeiro turno para prefeito e o vereador mais votado foi o Gabriel Chalita. Esta cidade realmente merece o pior pela gentinha que tem.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Faça uma lista de grandes músicas do Iron Maiden

Aces High
Genghis Khan
Infinite Dreams
Killers
Lord Of The Flies
No Prayer For The Dying
To Tame A Land
22 Acacia Avenue
2 Minutes To Midnight
Sea Of Madness