A burrice, como eu costumo dizer, é a coisa mais democrática que existe: está ao alcance de todos, sem discriminação de sexo, posição social, religião, nada. Tem pra todo mundo. E é isso que eu sinto quanto aos paulistanos após a vitória acachapante do Kassab sobre a Marta ontem.
Os cidadãos-de-bem, dos quais morro de medo, esse tipo de gente escrota, stupid white men, preferirão (re)eleger um LADRÃO – sim, digo isso com todas as letras porque o patrimônio dele triplicou quando ele era secretário do Pitta – em detrimento da competente e honestíssima Marta, porque ela é “antipatias”, traiu o marido”, é “perua”. Além disso usam-se arjumentos como os coqueiros da Faria Lima (das plantas que o Alckmin colocou no Tietê, ninguém falou nada), do dinheiro gasto no túnel da mesma avenida – dinheiro que, por contrato, só podia ser gasto lá – e das ínfimas taxas de luz e lixo, que pouca diferença fizeram ao eleitorado demo-tucano, gentalha leitora de Veja, que vê Jornal Nacional e, assim acha que está informada sobre tudo e pode até se achar formadora de opinião.
Marta fez CEUs, Bilhete Único, acabou com a máfia dos transportes (e renovou toda a frota, além de fazer os corredores exclusivos), deu um puta talento cabuloso no Centro, fez os telecentros, a Galeria Olido. Mas a tucanalha paulista prefere acreditar que chega remédio em casa pra todo mundo que precisa, que realmente há dois professores em sala de aula (e não que um deles, e nem em todas as escolas tem, não passa de um estudante de Letras). Lembram da Lei Cidade Limpa, que, com seu radicalismo, faliu uma porção de empresas que trabalhavam com esse tipo de mídia. Ninguém lembra de ele espancando um senhor no posto de saúde, nem ele fazendo piada sobre o buraco do metrô – sobre o qual o responsável direto, Alckmin, jamais se pronunciou, ele mesmo que disse ter acabado com o PCC e sumiu também quando a cidade foi dominada pelos criminosos.
Ninguém lembra, aliás, fingem não lembrar, de que ele é LADRÃO, LADRÃO, LADRÃO, e de que Democratas é a putaquepariu, essa merda é o PFL, que, por sua vez, é Arena, e, antes, UDN. Deixemos tudo bem claro aqui: o paulistano médio é um estúpido que compra a idéia do “rouba e finge que faz”. Sou paulista e já desisti, repito.
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