terça-feira, 24 de abril de 2007
Eternidades da semana
Em crise, paróquias vendem igrejas: paróquias de cidades interioranas da Europa estão vendendo seus terrenos (com igreja e tudo) porque o cash tá baixo. Realmente, a coisa anda feia pra Igreja Católica. Não é à toa que o Papa vem pra cá dar uma canonizada às pressas; pelo menos o outrora maior país católico do mundo precisa ser salvo, né.
Los Hermanos acaba: já era hora. Deviam ter parado depois da turnê do Ventura.
Operação Furacão: só eu acho que esses bingos (leia "cassinos") são todos de políticos, e que por isso não vai dar em nada, pra variar?
95 milhões de brasileiros não têm coleta adequada de esgoto: o Brasil é o país do futuro.
segunda-feira, 23 de abril de 2007
O homem é o urso do homem.
quarta-feira, 18 de abril de 2007
Eternidades da semana
Cada vez mais a cultura “übercapitalista” – especialmente nos EUA, onde há a claríssima divisão entre nativos e migrantes, vencedores e perdedores, a pátria-mãe dos programas estilo “TV-Crime”, vai se perpetuando a cultura de medo, ódio e segregação.
Some-se isso à extrema facilidade para se comprar uma arma de fogo e voilá: o cenário perfeito para um desajustado mental fazer sua chacina.
Professores e colegas disseram que se sentiam incomodados com o jeito “esquisito” do rapaz e seus textos “violentos” nas aulas. Mas ninguém fez nada, não houve quem se importasse com ele, nenhuma pessoa foi lhe perguntar se havia algo de errado.
Os sinais nunca são vistos nem ouvidos, tampouco sentidos.
Resta agora buscar as razões, ficar se perguntando como era a vida de um solitário migrante coreano de família muito pobre, num país predisposto à segregação.
Tanto lá como aqui, não há pensamento sem anacronismo, não há discussões além dos telejornais da referente semana. Enquanto estaremos, daqui dez ou vinte anos, discutindo o João Hélio da vez, eles estarão com seus Columbines e suas Virgínias.
E nunca entenderemos nada.
terça-feira, 17 de abril de 2007
Da natureza dos lobos
Particularmente, pelo que li das entrevistas, ele está é magoado mesmo por ter gastado quatro anos de sua vida gravando o Canções Dentro Da Noite Escura, que não vendeu nada. Vendo-se novamente nos tempos de Nostalgia Da Modernidade e Noite, desistiu (pelo menos por ora) de remar contra a maré e resolveu faturar uns trocados. Diga-se de passagem que ele não foi bater na porta de nenhuma gravadora, mas sim lhe foi o ferecida a oportunidade do lançamento do acústico e o possível relançamento, daqui a dois anos (se não me engano) de sua discografia oitentista.
Mas vamos ao que interessa na verdade: a música.
E disso Lobão manja, e muito. Pérolas da fase independente em faiscantes versões, hits batidões tocados com todo o gás e até uma inédita dos tempos do Vímana. Os arranjos são classudos, com violas, cordas, etc. mas com todo o punch e todo o caos que suas músicas requerem (especialmente as mais recentes. Nada de violão safado de acampamento, nem covers desnecessárias, muito menos palhetadas de guitarra no violão.
Lobão uiva até o limite, como se fosse o último show da sua vida. É a entrega de sempre, a intensidade das letras verborrágicas, aquilométricas, provocativas, sangue & suor. Se for picaretagtem, é das melhores. Desisti de entender e resolvi curtir.
E tem Por Tudo Que For. Tem A Queda. Tem as cornetas. E ela quer fuder. Lobão subverteu tudo novamente. Seja bem-vindo novamente à superfície.
Mereceu até uma vodca Absolut para assistir comemorando.