quinta-feira, 22 de abril de 2010
All apologies
A todos que amei e fingir amar, minha desculpa. Enganei a todos por tanto tempo que até eu devo te acreditado. É a essência da mentira, não? Acreditar na mitomania. Apaixonei-me de mentira, fiz se apaixonarem-me por mim de verdade. Enganei pessoas escrevendo, trabalhando, vivendo como filho, irmão, namorado, amigo. Fui uma farsa constante. Um embuste elevado a estado de arte. O que eu deveria fazer? Quem eu deveria ser? Limpo o suor nas vestes e espero o veredito que já sei qual é: culpado! Mereço. Fiz tão mal a tanta gente, só me resta a morte. A todos que enganei, peguei as pedras e me dilapidem, por favor. Foi um legítimo adultério de confiança. Só não houve nenhum messias, nem haverá, para me salvar. Que venham as rochas que serão meu merecido túmulo sem piedade ou redenção. Que não tiver pecado, quem tiver um monte de falha, está todo mundo liberado para me apedrejar. Crucificar. Sem túmulo vazio.
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