Noite passada, te vi andando pelas ruas do bairro, em silêncio. Tudo era silêncio. Eu te alcançava nas ruas vazias de uma manhã tépida e perguntava por que você não se cuidava, por que não lutava, por que não tentava ficar. Mas não havia resposta, tudo permanecia sem qualquer som. Acordei como quem morreu um tanto, e não consegui mais dormir.
Já nessa noite, no quintal do que foi nossa casa, eu me preparava pra ir a um lugar que te era muito querido; minha mãe, e tua esposa, perguntava por que, logo num dia tão quente. Ao justificar que te era um local querido, você aparecia, novamente sem dizer nada. No que eu me virava, percebendo estar em terras oníricas, e dizia: mas você está morto. E dormi o sono adoecido de quem já não quer sonhar.
E sempre muito calor. Nenhum som e muito sol. O mesmo sol que ardia quando você se apagou.
Já nessa noite, no quintal do que foi nossa casa, eu me preparava pra ir a um lugar que te era muito querido; minha mãe, e tua esposa, perguntava por que, logo num dia tão quente. Ao justificar que te era um local querido, você aparecia, novamente sem dizer nada. No que eu me virava, percebendo estar em terras oníricas, e dizia: mas você está morto. E dormi o sono adoecido de quem já não quer sonhar.
E sempre muito calor. Nenhum som e muito sol. O mesmo sol que ardia quando você se apagou.