O Amor é honesto, não diz as coisas pelas costas, não veste máscaras para agradar ninguém. O Amor é sincero, diz a verdade ainda que ela seja dolorosa, mas sempre oferecendo os braços abertos para o consolo de uma nova atitude da pessoa amada. Não existe imperdoável para o Amor: ele está sempre pronto para dar uma nova chance, pois acredita que as coisas podem sempre melhorar. O Amor se sacrifica, abdica das próprias vontades e esconde suas dores, às vezes se anula, só para cuidar da pessoa amada, ressurgindo com ainda mais fulgor em qualquer martírio.
O Amor sabe que não depende apenas de si, mas que sua existência está atrelada à pessoa amada, esteja esta próxima ou distante. O Amor tem início incerto, porém jamais acaba. O Amor luta as maiores batalhas sem nunca ser derrotado. O amor é caridoso, corajoso, altruísta, invejável, às vezes até ingênuo. Por mais maduro, sempre conserva a graça do primeiro encontro e dos sentimentos de uma nova primavera. O Amor nunca desiste, mas conhece o seu lugar. O Amor é intransitivo.
Enfim o amor é um idiota que só se fode.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Cinema transcendental
Desqualificar um adversário, sobretudo um que não pode ser desprezado com facilidade, por pura preguiça de ler a crítica ou por ser desafeto do crítico ou pelo objeto dessa ter sido algo de que você gosta, é um despreparo de quem se deixa levar demais pelo ego.
No caso estou falando de uma crítica que Caetano Veloso fez sobre Woody Allen.
Sou confesso idólatra do primeiro e acho o segundo um pé-no-saco.
Apesar da sabida veia provocadora, a qual, muito além de “só querer aparecer”, está intimamente ligada ao conceito tropicalista, a crítica é feita por alguém extremamente culto, conhecedor de cinema, e, veja só, fã de Woody Allen! Nada de não-ouvi-e-não-gostei: ele embasou muito bem suas opiniões (e estas são inalienáveis), e quem não concorde, que ignore ou mostre argumentos contra.
Porém tudo que as magoadetes fãs do cineasta fizeram foi tentar desqualificar o baiano com os batidos bordões “ele só quer chamar a atenção”, “Woody Allen nem sabe quem ele é”, “devia ter morrido em 1979”, “ele é gaydacu enrustido”, entre outros do mesmo nível abissal. Pouquíssima gente se deu ao trabalho de, a despeito de não gostar do Caetano, ler atentamente as críticas e tentar rebatê-las.
As pessoas se melindram por muito pouco. E assim o nível do debate cultural segue péssimo no país com o pior cinema do mundo.
No caso estou falando de uma crítica que Caetano Veloso fez sobre Woody Allen.
Sou confesso idólatra do primeiro e acho o segundo um pé-no-saco.
Apesar da sabida veia provocadora, a qual, muito além de “só querer aparecer”, está intimamente ligada ao conceito tropicalista, a crítica é feita por alguém extremamente culto, conhecedor de cinema, e, veja só, fã de Woody Allen! Nada de não-ouvi-e-não-gostei: ele embasou muito bem suas opiniões (e estas são inalienáveis), e quem não concorde, que ignore ou mostre argumentos contra.
Porém tudo que as magoadetes fãs do cineasta fizeram foi tentar desqualificar o baiano com os batidos bordões “ele só quer chamar a atenção”, “Woody Allen nem sabe quem ele é”, “devia ter morrido em 1979”, “ele é gaydacu enrustido”, entre outros do mesmo nível abissal. Pouquíssima gente se deu ao trabalho de, a despeito de não gostar do Caetano, ler atentamente as críticas e tentar rebatê-las.
As pessoas se melindram por muito pouco. E assim o nível do debate cultural segue péssimo no país com o pior cinema do mundo.
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