Penso, logo palpito.
Desde a aurora da humanidade o ser humano tem seus achismos. Os gregos levaram isso ao estado de arte, virou uma ciência, a Filosofia. Arrumaram até escravos pra fazer o serviço sujo e pesado, para assim poderem desfilar de toga nas saunas mistas (hmmm) e sair achando coisas sobre tudo e todos e si mesmos.
Muita merda foi escrita, mas também muita coisa boa, instigante e que influencia a humanidade desde então.
E o que fariam os helênicos antigos se tivessem a internet, hein?
Especialmente as redes sociais, que propagaram a Palpitologia: munidos de Wikipedia, pesquisas no Google e manchetes (só manchetes) de Veja e Folha, esses sofistas 2.0 saem cheios de razão dando pitacos sobre cachorros em avião, propaganda neonazista em varejão, geopolítica, geologia, física nuclear, carnaval, Lei Rouanet, direitos de transmissão do futebol... nada escapa.
Ninguém se preocupa em se informar primeiro, muitos nem lêem os links, já retuitam, reenviam e a coisa mentirosa e capenga vai se alastrando.
Não importam os desmentidos, as análises de especialistas, nem você mesmo explicar: os palpiteiros vão repetir a ladainha por dias a fio, até que surja outro assunto para eles trollarem involuntariamente, achando que levam a luz do conhecimento aos porões obscuros dos povos bárbaros.
Por isso champz, nada contra opinar, mas não ostente ar de sabe-tudo (nem se souber tudo mesmo).
_E eu que reclamava dos caga-regras.
Um comentário:
"Enquanto houver espaço, corpo, tempo e algum modo de dizer não, eu canto"
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