segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Reflexões impopulares nada eclesiásticas

Faz algum tempo que pensei nesta hipótese, chegando até a discuti-la com algumas pessoas, mas só agora deu mesmo vontade de escrevê-la. Outro dia estava por aí e passei uma daquelas indefectíveis igrejas de garagem com cadeiras de praia, da qual estava saindo uma música gospel horrível (pleonasmo vicioso?), um pop rock furreca na qual o refrão “E Jesus ressuscitou” parecia ser repetido uma centena de vezes. Letra óbvia, instrumental chato, enfim, um atentado à boa música (e aos ouvidos do Nazareno, caso ele exista). Pensei no porquê de escolher uma forma tão desagradável e pouco criativa de louvar o objeto da crença deles, e concluí que (com o auxílio luxuoso das pessoas já citadas) que eles deixam estar a primeira porcaria que vem, sem lapidar, por acreditar que é inspiração divina, obra do Espírito Santo; logo, sendo o compositor mero instrumento de revelação, decide não interferir em nada e o brainstorming vai a seco pra canção. Ou talvez os crentes tenham o cérebro embotado mesmo a ponto de não saberem fazer boa música.

2 comentários:

Anônimo disse...

A segunda hipótese me parece mais realista, hehehe. A primeira é um tanto quanto sofisticada demais.

O que chamamos de gospel é, nos EUA, chamado de christian contemporary music. A música gospel verdadeira é boa demais. Não espanta que a maior cantora das últimas décadas (Aretha Franklin) seja egressa de um coro gospel.

Regiane Jodas disse...

'Ou talvez os crentes tenham o cérebro embotado mesmo a ponto de não saberem fazer boa música.'
Acho que é isso hehehe
Bjo Vanzoooooooooooooo