01. Kassab cassado? Ah, isso nem vai dar em nada, o processo vai se arrastar e, cajo ele seja mesmo condenado, o mandato terá se encerrado, tal como foi com Celso Pitta.
02. Antônio Rascista Carlos no Palmeiras, com a torcida protestando? Demonstração de civilidade de quem na mesma semana se matou na porrada contra a Independente? É, não dá pra esperar coerência de bandido.
03. Botafogo campeão de alguma coisa (mesmo que seja esse ridículo primeiro turno)? E com gol do Fábio Pinguço Ferreira? Esta foi uma semana realmente atípica para o futebol. E o Ricardo Gomes quase teve um AVC. Calma, moço, foi só um jogo.
04. Nada a ver o Elton John dizer que Jesus Cristo foi um "gay superinteligente" (pelas lições de tolerância, etc.), mas é lindo ver a direitalha carola esperneando.
05. A Libertadores começa quarta-feira e o Corinthians não está nem um pouco engrenado. E após 91, 96, 99, 00, 03 e 06 (em 77 eu não era nascido) meu pobre coração alvinegro não agüenta outra eliminação.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Suicide is painless
O suicídio, especialmente para os homens, e isso é comprovado, é mais letal e ritualístico, menos impulsivo e desesperado. Enquanto mulheres normalmente se entopem de remédios, homens se enforcam, dão tiro na cabeça ou se jogam na frente do trem. E esse maior poder de decisão muitas vezes faz com que haja certa preparação, como um testamento, além do costumeiro bilhete de suicídio, e um ritual. Ian Curtis, por exemplo, bebeu uma garrafa de uísque, ouviu The Idiot, do Iggy Pop, assistiu a Stroszek, de Werner Herzog, para então se enforcar. E você, quando for cometer suicídio, que método irá usar, de quem irá se despedir, a quem deixará suas coisas, o que irá ver, ler ou ouvir pela última vez?
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Nowhere, no-one, nothing
É difícil escrever algo quando você tem o sentimento de precisar dizer aquilo, mas está cansado, sem vontade, ou simplesmente não aparece nenhuma idéia boa. O texto que sai nesses casos é invariavelmente de pouca consistência, emoção demais, porém com pouco cuidado na forma. Já escrevi um livro inteiro assim há meia década, em condições físicas e mentais deploráveis, e o resultado não me agrada, nunca agradou. Embora haja lampejos bem criativos, em que a forma consegue dar luz ao conteúdo, e aí se criam imagens realmente de impacto, que trazem o leitor para o Inferno das palavras que ali estão, o resto é frágil, sem rumo, como um grito desesperado. E a arte sempre necessita de cuidado. Por isso às vezes o melhor é manter o silêncio, ou simplesmente condenar certas expressões de dor ao calabouço de uma gaveta qualquer.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Ficções do interlúdio
Não chorei, serei sempre insensível.
Digo palavras duras, sou insensível.
Já menti, jamais direi a verdade.
Já errei, jamais serei perdoado.
Digo palavras duras, sou insensível.
Já menti, jamais direi a verdade.
Já errei, jamais serei perdoado.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
A inveja é companheira da glória.
Conversando com uma amiga no MSN, veio a pergunta: qual dos sete pecados capitais você mais comete. Além da óbvia ira, visto que não sou exatamente a pessoa mais paciente do mundo, veio à mente e à palavra algo de que eu já sabia, porém nunca havia admitido a ninguém: sou invejoso. E ela também admitiu o mesmo. Talvez todos sejamos. Mas não daquele tipo ruim, de querer arrancar o que a pessoa tem, de torcer contra (não que isso faça diferença na prática, visto que olho-gordo é bobagem), mas sim o desejo de também querer aquilo que outrem conseguiu e que você não tem por azar, incompetência ou qualquer outro motivo. Lembre-se: não existe sentimento bom ou ruim; cada um tem sua hora e seu lugar, todos são perfeitamente naturais. A diferença é que a inveja “benéfica” faz com que você deseje algo igual ao que o outro conseguiu, enquanto que a “maléfica” te leva a querer o próprio objeto de conquista da pessoa, seja qual for, arrancando-o dela. Em vez de se espelhar na vitória alheia, você quer tomar o lugar do vitorioso, sê-lo, vivê-lo. Essa é a diferença. Quem nunca desejou ser outro alguém, ter o que não tem? Ah, o resto é hipocrisia.
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