segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

A inveja é companheira da glória.

Conversando com uma amiga no MSN, veio a pergunta: qual dos sete pecados capitais você mais comete. Além da óbvia ira, visto que não sou exatamente a pessoa mais paciente do mundo, veio à mente e à palavra algo de que eu já sabia, porém nunca havia admitido a ninguém: sou invejoso. E ela também admitiu o mesmo. Talvez todos sejamos. Mas não daquele tipo ruim, de querer arrancar o que a pessoa tem, de torcer contra (não que isso faça diferença na prática, visto que olho-gordo é bobagem), mas sim o desejo de também querer aquilo que outrem conseguiu e que você não tem por azar, incompetência ou qualquer outro motivo. Lembre-se: não existe sentimento bom ou ruim; cada um tem sua hora e seu lugar, todos são perfeitamente naturais. A diferença é que a inveja “benéfica” faz com que você deseje algo igual ao que o outro conseguiu, enquanto que a “maléfica” te leva a querer o próprio objeto de conquista da pessoa, seja qual for, arrancando-o dela. Em vez de se espelhar na vitória alheia, você quer tomar o lugar do vitorioso, sê-lo, vivê-lo. Essa é a diferença. Quem nunca desejou ser outro alguém, ter o que não tem? Ah, o resto é hipocrisia.

Um comentário:

Mariel Moura disse...

Um discípulo deve sempre vencer seu mestre. A inveja benéfica inspira, rola uma sinergia, cada um tem seu espaço. Adorei.