1. Primeiro turno é domingão; embora a Marta esteja na liderança, não estou animado porque dificilmente ela leva no segundo turno – kassabistas, alckmistas e malufistas são todos da mesma laia e unir-se-ão contra o PT, sem dúvida. E teremos mais quatro anos de atraso, descaso e roubalheira nesta malfadada cidade. E confesso que não fiz minha parte: talvez acomodado com a superioridade do plano de governo e das realizacões do governo anterior da Marta, pouco fiz para angariar votos e adiei minha filiação ao partido uma vez mais. Acho que desisti de São Paulo, na real. Pena que continuo nela.
2. O horário eleitoral gratuito, especialmente a apresentação dos vereadores, é involuntariamente engraçada até você se dar conta de que aquilo não é para ser divertido; aí, diante de semi-analfabetos, pseudocelebridades e toda sorte de pára-quedistas – de um Enéas Filho apócrifo ao filho do RR Soares, passando pelo Luiz Carlos do Raça Negra, o Kid Bengala e o Dinei –, bate um desãnimo profundo.
3. Odeio os jingles grudentos dos candidatos (nesse quesito, os do Kassab são imbatíveis, se bem que minha namorada fica cantando o da Marta, aqele do "carrega na catraca", toda hora nos meus ouvidos.
4. A campanha atingiu níveis de tosqueira populistas dignos (?) de feira-livre: "Pra passagem não aumentar, vote Kassab", "Vote Marta e tenha internet de graça, volte a carregar o bilhete único na catraca e tenha metrô na periferia", "Vote Maluf e tenha 779596 novas pistas nas marginais"... o que o Alckmin fala só me dá sono, portanto confesso que nem prestei atenção até agora.
5. Levy Fidélix e o aerotrem (copiado do monotrilho d'Os Simpsons), hein? Citei-o porque o tiozão de bigode pintado merece um tópico só pra ele.
terça-feira, 30 de setembro de 2008
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Perguntar ofende
Por que as pessoas ficam melindradas quando digo que o cinema brasileiro é o pior do mundo?
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Olhos iguais aos seus
Quais são os limites da empatia?
Outro dia me peguei olhando as flores roxas de um ipê caindo sobre a calçada do outro lado da rua e pensei duas coisas:
1. se mais alguém estava percebendo aquilo;
2. se mais alguém estava percebendo aquilo daquela forma.
E não me refiro só à percepção da cor, da forma, mas sim do ato e tudo que ele representa ali, naquele momento, para mim, numa mini-epifania entre tantas que tenho, para o bem e para o mal, durante cada dia.
Como será viver a vida de outrem?
Outro dia me peguei olhando as flores roxas de um ipê caindo sobre a calçada do outro lado da rua e pensei duas coisas:
1. se mais alguém estava percebendo aquilo;
2. se mais alguém estava percebendo aquilo daquela forma.
E não me refiro só à percepção da cor, da forma, mas sim do ato e tudo que ele representa ali, naquele momento, para mim, numa mini-epifania entre tantas que tenho, para o bem e para o mal, durante cada dia.
Como será viver a vida de outrem?
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
E outros quase brancos tratados como pretos só pra mostrar aos outros quase pretos
Hoje, no bumba lotado (primeiro de dois) rumo ao trampo, pensei lá com meus botões: se ali meus olhos passavam por uma balada de playboy chamada Senzala – lugar onde ficavam os escravos, todos pretos –, e havia outro lugar badalado de nome Favela – lugar onde ficam os pobres, quase todos pretos – e ninguém acha de mau gosto, se eu abrisse um bar chamado Zyklon B, Auschwitz ou Mengele, acusar-me-iam de anti-semitismo?
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Nada mais me deixa chocado
Impressionante como quem mais reclama do trânsito caótico de São Paulo, cada vez pior, é a classe média, que compra carro adicional para ignorar o rodízio e circular todos os dias com todo o conforto, e as empresas de transporte de carga, que vêm trocando caminhões por vans, a fim de burlar as restricões para veículos de carga. Enquanto isso, quem anda de ônibus, trem e metrô, sem conforto, ar-condicionado, música ou dinheiro, já acostumado com tudo isso desde sempre, respira fundo o ar viciado do coletivo abarrotado para se acalmar em mais um dia expremido no ir-e-vir cotidiano da vida alienada.
Impressionante como todo mundo, exceto eu e minha namorada, fuma maconha. A coisa anda tão descarada por toda a parte que é até engraçado tudo isso. Dá-lhe financiamento do crime organizado, já que compram em vez de plantar.
Impressionante como aqueles clássicos velhos xavecadores, mesmo sem a menor chance ou intenção de pegar as menininhas, mandam ver nos vecos mais trash, a fim de talvez provar para eles mesmo que ainda são capazes, que não perderam o jeito para puxar conversa com jovens senhoras ou senhoritas.
Impressionante como os simulacros vêm aumentando de tal forma que até artistas que já vieram ao Brasil, e até sem tanto alarde, causam tanta celeuma e correria para compra de ingressos e destaque na mídia: a bola-da-vez é a Madonna, a qual veio nos 90s fazer playback, na mesma época do Michael Jackson (RIP), e ninguém nem ligou muito – nada como desta vez, assim como foi diferente o U2 '98 e o U2 '06. Don't believe the hype. E quem é fã mesmo se fode pra comprar ingresso e periga nem ver o show por causa dos curiosos de ocasião, massa-de-manobra do showbizz.
Impressionante como eu demoro tanto pra atualizar e escrevo um post ruim como este.
Impressionante como todo mundo, exceto eu e minha namorada, fuma maconha. A coisa anda tão descarada por toda a parte que é até engraçado tudo isso. Dá-lhe financiamento do crime organizado, já que compram em vez de plantar.
Impressionante como aqueles clássicos velhos xavecadores, mesmo sem a menor chance ou intenção de pegar as menininhas, mandam ver nos vecos mais trash, a fim de talvez provar para eles mesmo que ainda são capazes, que não perderam o jeito para puxar conversa com jovens senhoras ou senhoritas.
Impressionante como os simulacros vêm aumentando de tal forma que até artistas que já vieram ao Brasil, e até sem tanto alarde, causam tanta celeuma e correria para compra de ingressos e destaque na mídia: a bola-da-vez é a Madonna, a qual veio nos 90s fazer playback, na mesma época do Michael Jackson (RIP), e ninguém nem ligou muito – nada como desta vez, assim como foi diferente o U2 '98 e o U2 '06. Don't believe the hype. E quem é fã mesmo se fode pra comprar ingresso e periga nem ver o show por causa dos curiosos de ocasião, massa-de-manobra do showbizz.
Impressionante como eu demoro tanto pra atualizar e escrevo um post ruim como este.
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