quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Do egocentrismo, da megalomania e de outros desvios de caráter na internet.
Mais do que no “mundo real”, a internet é o verdadeiro Estige das subcelebridades, onde elas se mordem, se xingam e se debatem o tempo todo, em moto-contínuo. Polêmicas vazias, troca de farpas, autopromoção a todo custo e uma vontade desesperada de se fazer notar, de mostrar que “venceu na vida digital”. Vale usar script pra adicionar um monte de gente, aparecer em reality show, chamar a si mesmo de “empresário” porque ganha dinheiro com o blog, arrumar briga com a subcelebridade que usou script e foi ao reality show, receber jabaculê para fazer textos mequetrefes sobre viagens na vasca ou traquitanas moderninhas... as possibilidades infinitas. A glória dessa espécie internética é posar de “early-adopter” (sim, os malditos termos em inglês) com jeito blasê de quem usou Orkut/Facebook/Twitter/Blog quando não havia a “maldita inclusão digital”. É a orkutização do Facebook, a facebookização do Twitter, a twitterzação do blog. Medem a felicidade pelo número de seguidores ou comentários. Matam a mãe por uma conexão de 10Mb na Campus Party, mas, uma vez lá, dizem que “já foi melhor”, e que hoje “todo mundo posa de geek". Escrevem pouco, o conteúdo de seus blog é quase inteiro de press-releases, vídeos velhos do YouTube e imagens “kibadas” de outros sites. Enfim é a gentalha do cibermundo, daqueles que você só não chuta a bunda porque nunca saem da frente do computador.
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Um comentário:
Mais um post da safra: coisas que queria ter escrito. Muito bom.
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