quinta-feira, 19 de junho de 2008
Here today
Assim como há pessoas que entram da nossa vida e dela saem sem deixar mais do que pálidos vestígios, há personagens que, mesmo que nem os tenhamos conhecido, mesmo que nem tenham existido realmente. Assim como esses dias houve o aniversário do Paul McCartney e a notícia de que o Martin Scorsese vai fazer um documentário sobre o George Harrison, além de hoje meu personagem preferido de todos os tempos, Garfield, fazer aniversário, há pessoas que, longe de serem celebridades, têm importância artística, até filosófica, para nossa existência. Assim como o tio suicida que me legou discos que fizeram minha infância um oceano de melodias sessentistas e setentistas, esta semana foi aniversário de uma pessoa que, embora tenha morrido há muito, e eu só tenha conhecido por poucas fotos, sei-o muito pelas histórias encantadoras que me contam dele e pelo que ele deixou neste mundo como legado. Sei que torceu para um grande time (ganha pontos), que tinha um caráter irreprensível, que curtia um goró de vez em sempre (ganha mais pontos) e teve que enfrentar barras mais duras do que as que passei na última meia-década. Sei que morto sempre vira santo, mas, se ele deixou de herança alguém tão perfeito, por que não acreditar que tudo isso de mágico veio um tanto dele? Sei que você não vai poder ler isto, pois há muito já voltou à terra úmida aonde todos vão descansar; mas gosto de pensar que teus átomos estão por aí, espalhados, compondo novas formas, as mesmas partículas que correram infinitos desde o início do Universo, até você. Abrazzos!
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Um comentário:
vc realmente acha que eu tenho condições de comentar?
te amo
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