Esconder as cinzas sob o tapete
Nada de muito novo no front: Falha de S.Paulo se fazendo de desentendida e jogando lá pro final do primeiro caderno as escandalosas (nunca vai terminar esse assalto?) desapropriações para a construção do Roubanel tucano; O Estrago de São Paulo dizendo ter sido combativo na época da Ditadura (só se foi combativo à democracia), enquanto que o famoso editorial “Basta!” é simplesmente jogado sob o tapete, com as cinzas. O mesmo para as leis já existentes para o controle dos motoristas embriagados: esqueçamos as antigas, que já não fazíamos cumprir, criamos novas, mais duras, pra fingir ação veemente, estimulamos um debate inócuo na mídia por umas duas semanas e tudo volta ao normal, com carteiradas, suborno e nenhum respeito à civilidade. E gente que nunca morreu vai continuar morrendo.
Bagaceira sincera
Saudade do Notícias Populares, NP para os íntimos. Bagaça mesmo, mundo-cão e diversão, sangue-suor-e-lágrimas (estas, às vezes, de tanto rir), com direito a diagramação podreira, textos podreira e manchetes podreira. Nada da falsa indignação dos datenas e rezendes da vida, mas tão-somente a bizarrice e a grotesquidão inerentes à natureza – e à curiosidade – humana, daquela mais mórbida, de parar pra ver acidentes, ver filmes gore ou sites com fotos splatter. Sempre uso com exemplo uma manchete que saiu quando do namoro do Rafael Pilha com a Cristiana Oliveira: JUMA SÓ GOZA COM O POLEGAR. Pena que não tive o insight de comprar aquele jornal... valeria uma grana (ou pelo menos boas risadas) hoje. E pra quem costuma me questionar quando afirmo que foi o NP que inventou a saga da Loira do Banheiro, eis aqui, aqui e aqui. Volta NP!
Você foi mó rata comigo
E-rato: traído pela memória (e estimulado pela preguiça), outro dia, falando sobre trânsito, creditei ao Laerte uma história (A Revolta Das Kombis) que era do Spacca e saiu na Níquel Náusea nº5 (julho de 1989). Fui mó rato com o cara.
2 comentários:
O Estadão poderia mostrar o seu apreço pela democracia citando sua manchete de 3 de abril de 1964:
"Democratas dominam toda a nação".
o primeiro texto me matou saudade dos teus livros, que já li todos e espero outros.
quanto aos outros, só me fez pensar que o mundo fica mais deplorável.
e tanto faz.
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