segunda-feira, 30 de junho de 2008

Eternidades da semana

Esconder as cinzas sob o tapete
Nada de muito novo no front: Falha de S.Paulo se fazendo de desentendida e jogando lá pro final do primeiro caderno as escandalosas (nunca vai terminar esse assalto?) desapropriações para a construção do Roubanel tucano; O Estrago de São Paulo dizendo ter sido combativo na época da Ditadura (só se foi combativo à democracia), enquanto que o famoso editorial “Basta!” é simplesmente jogado sob o tapete, com as cinzas. O mesmo para as leis já existentes para o controle dos motoristas embriagados: esqueçamos as antigas, que já não fazíamos cumprir, criamos novas, mais duras, pra fingir ação veemente, estimulamos um debate inócuo na mídia por umas duas semanas e tudo volta ao normal, com carteiradas, suborno e nenhum respeito à civilidade. E gente que nunca morreu vai continuar morrendo.

Bagaceira sincera
Saudade do Notícias Populares, NP para os íntimos. Bagaça mesmo, mundo-cão e diversão, sangue-suor-e-lágrimas (estas, às vezes, de tanto rir), com direito a diagramação podreira, textos podreira e manchetes podreira. Nada da falsa indignação dos datenas e rezendes da vida, mas tão-somente a bizarrice e a grotesquidão inerentes à natureza – e à curiosidade – humana, daquela mais mórbida, de parar pra ver acidentes, ver filmes gore ou sites com fotos splatter. Sempre uso com exemplo uma manchete que saiu quando do namoro do Rafael Pilha com a Cristiana Oliveira: JUMA SÓ GOZA COM O POLEGAR. Pena que não tive o insight de comprar aquele jornal... valeria uma grana (ou pelo menos boas risadas) hoje. E pra quem costuma me questionar quando afirmo que foi o NP que inventou a saga da Loira do Banheiro, eis aqui, aqui e aqui. Volta NP!

Você foi mó rata comigo
E-rato: traído pela memória (e estimulado pela preguiça), outro dia, falando sobre trânsito, creditei ao Laerte uma história (A Revolta Das Kombis) que era do Spacca e saiu na Níquel Náusea nº5 (julho de 1989). Fui mó rato com o cara.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Faça uma lista de grandes motivos pelos quais Fagner já foi vanguardista e quem fala mal não sabe nada de nada.

[Onze em vez dos habituais dez, só pra contrariar]

01. Teve discos produzidos e arranjados por Hermeto Pascoal, com direito até a uma canção em parceria.

02. Gravou na Espanha, em 1982, um disco sobre Pablo Picasso.

03. Fez a ponte musical Ceará–Espanha, confirmando a influência na música nordestina, como disse João Cabral de Melo Neto quando foi embaixador brasleiro em Sevilha.

05. Musicou poemas de Cecília Meireles, Florbela Espanca, Mário de Andrade e Ferreira Gullar.

06. Gravou compositores do Nordeste como Clodo & Clésio, Gordurinha e Patativa do Assaré.

07. Gravou as melhores versões de Sinal Fechado (Paulinho da Viola) e As Rosas Não Falam (Cartola), segundo seus autores.

08. Esteve sempre antenado com o melhor de cada época para seus discos, como Vímana, Roupa Nova (antes da fama), Banda Black Rio, Chico Buarque, Wagner Tiso, Ivan Lins, João Donato e Roberto Menescal.

09. Elis Regina literalmente correu atrás dele pra conhecer aquele cearense de quem ela havia ouvido uma demo e da qual estava cantando quatro canções nos seus shows.

10. Foi convidado para gravar um disco produzido por George Martin, o que só não aconteceu por incompatibilidade de agendas.

11. A culpa pra isso acabar foi do Roberto Carlos, que lhe disse, no começo dos 1980s, para deixar de fazer “música para universitário” e compor algo “pro povo cantar junto”.

sábado, 21 de junho de 2008

Faça uma lista de grandes músicas do Elton John

01. Benny And The Jets
02. Funeral For A Friend / Love Lies Bleeding
03. Goodbye Yellow-Brick Road
04. I Need You To Turn
05. Madman Across The Water
06. Rotten Peaches
07. This Song Has No Title
08. Ticking
09. Val-Hala
10. Your Song

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Here today

Assim como há pessoas que entram da nossa vida e dela saem sem deixar mais do que pálidos vestígios, há personagens que, mesmo que nem os tenhamos conhecido, mesmo que nem tenham existido realmente. Assim como esses dias houve o aniversário do Paul McCartney e a notícia de que o Martin Scorsese vai fazer um documentário sobre o George Harrison, além de hoje meu personagem preferido de todos os tempos, Garfield, fazer aniversário, há pessoas que, longe de serem celebridades, têm importância artística, até filosófica, para nossa existência. Assim como o tio suicida que me legou discos que fizeram minha infância um oceano de melodias sessentistas e setentistas, esta semana foi aniversário de uma pessoa que, embora tenha morrido há muito, e eu só tenha conhecido por poucas fotos, sei-o muito pelas histórias encantadoras que me contam dele e pelo que ele deixou neste mundo como legado. Sei que torceu para um grande time (ganha pontos), que tinha um caráter irreprensível, que curtia um goró de vez em sempre (ganha mais pontos) e teve que enfrentar barras mais duras do que as que passei na última meia-década. Sei que morto sempre vira santo, mas, se ele deixou de herança alguém tão perfeito, por que não acreditar que tudo isso de mágico veio um tanto dele? Sei que você não vai poder ler isto, pois há muito já voltou à terra úmida aonde todos vão descansar; mas gosto de pensar que teus átomos estão por aí, espalhados, compondo novas formas, as mesmas partículas que correram infinitos desde o início do Universo, até você. Abrazzos!

Salve a seleção.

[10h15min]

Após um sofrível empate sem gols contra a Argentina, no Meineirão, a seleção brasileira de futebol, que deixou o campo sob vaias e gritos de "burro" (depois reclamam que só os paulistas vaiam e xingam a selecinha) e hoje cairá pra quinto na tabela (sendo ultrapassada por Chile ou Venezuela), volto a questionar, aqui, enquanto visto minha camisa da seleção hermana: por que as pessoas sentem-se obrigadas, e querem obrigar os outros, a torcer pelo Brasil nos esportes, especialmente no futebol?

Sinto-me no dever de torcer para que o país vá bem na economia, na saúde, na educação... quanto ao futebol, embora eu seja entusiasta do esporte (talvez por isso mesmo), a selecinha não me interessa nem um pouco desde 1990, acho, com o advento do futebol feio na pior de todas as copas (e a única que acompanhei vendo TODOS os jogos de todos os times e fazendo recortes de jornal para montar numa pasta).

Não tenho orgulho de ser brasileiro, assim como não tenho vergonha; afinal é uma facticidade, algo que não escolhi, é como ter o ridículo orgulho de ser branco/negro, homem/mulher, etc. Portanto me reservo o direito de torcer pela selecinha quando esta fizer jus, coisa que não acontece desde 1986, provavelmente.

Sem falar que a coisa piorou desde a injeção de dólares que leva nossos boleiros e nem-tão-boleiros-assim; até, vá lá, a Copa de 1994, você ainda via discussões na rua, nos bares, nas casas, nos programas de TV e rádio, sobre quem deveria ou não ser convocado. Hoje a coisa é tão pasteurizada, com jovens jogadores que saem cedo daqui e vão "brilhar" no incrível futebol do Leste Europeu ou do Oriente Médio, que me pego pensando "Quem são esses caras?". Nem dá mais pra saber se o cara está realmente bem, a não ser que você acompanhe o futebol turco, o croata, o português... sem falar que ser ídolo em países de pernas-de-pau como a Alemanha não é exatamente mérito, mas obrigação.

Ontem Dunga, que jogou feio nos clubes, jogou feio com Parreira, faz o que melhor aprendeu nesses anos: pegou um amontoado de cabeças-de-bagre, sem esquema tático algum, batendo, espancando, mutilando, e chutando bolas quadradas para os atacantes se virarem no individualismo. E ainda responde às críticas com a arrogância que só vencedores como Luxemburgo, Felipão e Muricy podem ter.

Ah, como eu queria que o Brasil não fosse a Copa!... Seria divertidíssimo ver o chororô da imprensa. E não, eu também não estou nem aí com as Olimpíadas, acho um absurdo levarmos uma comitiva com centenas de atletas, como se fôssemos uma potência esportiva, sendo que vai ser, como de praxe, coco atrás de coco. Deveríamos aceitar nosso lugar e fazer como os países mais sensatos, que levam só grupos de esportes nos quais têm chance. Poupa dinheiro público e poupa o público de (mais) vexame.

[10h28min]

sábado, 14 de junho de 2008

Hoje eu vendo sonhos.

Eu não achava a vida chata, pelo menos que eu me lembre, e nem que a vida devesse ser assim. Na minha cabeça alternaram-se sonhos, planos e desejos, alguns executados, outros abandonados no meio do caminho, uns outros tantos sequer iniciados.

Desenhista de HQs, músico, arqueólogo-historiador-geógrafo, jogador de futebol, jornalista, escritor... que eu me lembre, esses foram os principais.

Eu queria tudo isso meio que ao mesmo tempo, em constante alternância, pra ser mais específico, e treinava/estudava com o maior afinco, porém sem a menor noção ou orientação; tudo era intenso e verdadeiro, mas pueril de tão lúdico.

Acabou que eu eu fiz um pouco de quase tudo, sei um tanto de um monte de coisas, mas me tornei alguém indefinível, e nem sei aonde ir.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Factus de matéria, cinis elementi.

"'Não posso convencer-me', escreveu Darwin, 'de que um Deus benéfico e onipotente tenha criado propositalmente as Ichneumonidae com a intenção expressa de que estas buscassem o seu alimento no interior do corpo vivo das lagartas'. Na verdade, a perda gradual da fé por parte de Darwin, que ele dissimulava com medo de aborrecer sua devota esposa Emma, tinha causas mais complexas. Sua referência às Ichneumonidae era aforística. Os hábitos macabros aos quais ele se referiu são compartilhados por suas primas, as vespas cavadoras, as quais encontramos no capítulo anterior. A fêmea da vespa cavadora não apenas põe seus ovos numa lagarta (ou gafanhoto ou abelha) para que suas larvas alimentem-se de seu corpo, mas, de acordo com Fabre e outros, ela cuidadosamente dirige seu ferrão para cada um dos gânglios do sistema nervoso central da presa, de modo a paralisá-la mas não matá-la. Deste modo, a carne mantém-se fresca. Não se sabe se a paralisia funciona como uma anestesia geral ou se ela funciona como o curare que simplesmente suprime a habilidade que a vítima tem de mover-se. Se este for o caso, a presa pode estar consciente de estar sendo comida viva a partir de seu interior, mas é incapaz de mover um músculo para fazer qualquer coisa a respeito. Isto parece selvagemente cruel mas, como veremos, a natureza não é cruel, apenas implacavelmente indiferente. Esta é uma das lições mais duras que os humanos têm de aprender. Não podemos admitir que as coisas possam ser nem boas nem más, nem cruéis nem carinhosas, mas simplesmente cruas – indiferentes a todos os sofrimentos e sem nenhum propósito."

(Richard Dawkins, O Rio Que Saía Do Éden.)

***

Foi exatamente nesse texto que pensei quando, no início desta semana, uma médica do SUSto, no meio da consulta, em uma conversa off-topic, quis me demover do ateísmo com base em que “tudo é divino, maravilhoso e, portanto, não pode ser obra do acaso”. Sim, a tal “complexidade irredutível” que os criacionistas disfarçam de ciência com o tal design inteligente (pfff). Pensei em Darwin, Dawkins, nas vespas-cavadoras, até em crianças com paralisia cerebral. Mas fiz cara de tolerante e fui que fui (aliás, fiquei que fiquei). Não tenho como trocar de médico porque o SUSto te desencaminha de acordo com a região – e minha região sequer tem esse especialidade, eu sou deslocado para outra região.

Vida de ateu não é fácil.

_Como você pode achar que a vida é só isso? Não pode ser?

_E você vive assim, sem sentido?

_Você é tão inteligente... por que é ateu?

_Você é uma pessoa tão boa, como pode ser ateu?

_Ah, você não é ateu de verdade... lê a Bíblia, freqüenta fóruns de religião, carrega de simbologia religiosa seus textos...

_Você é crente sim, só não descobriu ainda.

_Você substitui Deus pela crença nesse Sartre aí, nesse Camus. Ateísmo é uma crença. [N.: tanto quanto “careca” é uma cor de cabelo.]

E por aí vai. As pessoas sequer entendem o que é ateísmo, como poderiam respeitá-lo? Parece ofensa, mas é só ignorância mesmo.

Então, primeiro, um desabafo/recado: não me venham com sentido da vida, busca pelo sagrado, complexidade irredutível ou qualquer coisa do gênero. Existe admiração com ceticismo, assim como espiritualidade e ética sem religião. E nenhum sistema filosófico serve de muleta como as religiões.

Antes mesmo do episódio da médica, um dia eu até me peguei pensando, ao contrário de outros tempos, quando eu avisava, a quem estivesse ingressando, que não era fácil, uma quase-felicidade por ser ateu e materialista. Sim, porque a angústia existencial é também dolorosamente fascinante, toda a magnífica gratuidade, o esplendor das sem-razões do Universo, o fato de sermos todos feito da mesma poeira cósmica, das mesmas partículas que fervilharam no núcleo de estrelas iridescentes no big-bang. Sim, ver beleza no caminho cheio de flores, pedras e descaminhos, na poética aridez da desesperança que jamais vira desespero; a liberdade de ser e de estar, de fazer o certo por achar certo e saber que é certo, não esperar aprovação de códigos morais canônicos nem recompensas “extracampo”. Sim, descobri que gosto de ser quem sou. Afinal escolhi ser assim. Ateu praticante ocidental. Quem preferir crer sem nenhuma transcendência, simplesmente por parecer mais cômodo, que permaneça no auto-engano. Não questiono nem discuto experiências de religiosidade, mas condeno e lamento por quem procura justificar a fé unicamente pelo medo e/ou pela comodidade do wishful thinking.

“Vivemos com o baralho viciado contra nós e depois morremos: é só isso? Nada a não ser um sono sem sonhos e sem fim? Onde é que está a justiça nisso tudo? É desolador, brutal, impiedoso. Não deveríamos ter uma segunda chance numa arena nivelada? Como seria melhor se nascêssemos de novo em circunstâncias que levassem em conta o nosso desempenho na última vida, por mais viciado que o baralho tivesse estado contra nós. Ou, se houvesse um julgamento depois da morte, então desde que representássemos bem as personalidades que nos foram dadas nesta vida, e fôssemos humildes, fiéis e tudo o mais – deveríamos ser recompensados vivendo alegremente até o fim dos tempos num refúgio permanente, longe da agonia e do turbilhão do mundo. Assim seria, se o mundo fosse ideado, pré-planejado, justo. Assim seria, se os que sofrem com a dor e o tormento recebessem o consolo que merecem. Dessa forma, as sociedades que ensinam a satisfação com o que temos na vida, na expectativa de uma recompensa post-mortem, tendem a se vacinar contra a revolução. Além disso, o medo da morte, que favorece sob alguns aspectos a adaptação na luta evolutiva pela existência, prejudica a adaptação em tempos de guerra. As culturas que falam de uma futura vida de recompensas para os heróis – ou até para aqueles que apenas cumpriram as ordens das autoridades – podem levar vantagem na luta. Assim, a idéia de que uma parte espiritual de nossa natureza sobrevive à morte, a noção de uma vida após a morte, deve ser algo que as religiões e as nações não encontram dificuldade em vender. Podemos antever que não será muito difundido o ceticismo a respeito dessa questão. As pessoas vão querer acreditar na vida após a morte, mesmo que a evidência seja escassa e até nula.”

(Carl Sagan, O Mundo Assombrado Pelos Demônios)

terça-feira, 3 de junho de 2008

Do latim pré-clássico Magnas (um grande homem), do latim clássico Magnus (grande)

Fábio
10:06 am (2½ hours ago)


Isto deveria estar no tópico "confessionário", mas vá lá: ontem, na madruga, vi, num piratão de 5 pila, O Magnata.

Prontofalei.

Ela não quer me dar
Ela não quer me dar
Então enfia essa buceta no cu
Enfia essa buceta no cu


***

Marcus
10:15 am (2 hours ago)


Diz que presta, isso.
Confere?

***

Fábio
10:36 am (2 hours ago)


Olha, tecnicamente é impecável, apesar de clichê; uma boa grana deve ter sido gasta.

O Paulinho Vilhena no papel dele mesmo, como sempre, então fica direitinho também. Idem pro Chorão (ele mesmo) e pro Marcelo Nova (grilo-falante). As atuações das minas, que tiveram que atuar mesmo, são horríveis.

As cenas de sk8 são bem paia – Chorão já foi um bom skatista, mas hoje, com aquela banha, só com dublê –, assim como as de surfe (tudo figurante).

A história é pífia e o filme tem aquele clima malaco paulista d'O Invasor, só que sem o show que o Paulo Miklos deu, né (sem contar no resto do elenco, com atores de verdade). Até o tom esverdeado da fotografia evoca esse filme.

Te falar que deu pra divertir, viu. Tá certo que tem as músicas de auto-ajuda do CBJr. aqui e ali, e o filme, como fica claro no final, se propõe a ser sério – o que deixa a coisa toda ainda mais involuntariamente engraçada.

Ah, e esqueci dos coadjuvantes: João Gordo e Marcos Mion no papel deles mesmos (babacas) e, vestido de Elvis-Gordo-Cantor-De-Puteiro, o inefável... TIRIRICA! [Morri.]

Enfim, valeu os cinco pila. Recomendo ver com a galera, com muita cerveja, cascando o bico.

[Não acredito que acabei de fazer uma análise do filme do Chorão.]

***

Marcus
10:39 am (2 hours ago)


Pois é, achei que iam ser umas duas linhas... tipo, gostei / não gostei.
Valeu por me deixar testemunhar o mico

***

Fábio
10:46 am (1½ hours ago)


Estou arruinado.

Ah, já fudeu tudo mesmo, lembrei de mais umas coisas:

- a fotografia esverdeada parece também com aqueles filmes de terror dos 1990s, como Re-Animator, Príncipe Das Sombras e Dois Olhos Satânicos;

- O Tiririca Elvis-Gordo-De-Puteiro tem uma camisa escrito "hardcore" com a mesma fonte do AC/DC;

- tem uma mina gostosinha e aparecem uns peitinhos de leve (o público-alvo do filme já vai descascar uma nessa cena);

– tem um mano com saxofone numa rodinha de violão na praia;

[No meio do filme, lá pra 1h20min da madrugada, comecei a ler o problema metafísico-ontológico de Parmênides quanto à existência do ser e da natureza. "Não há nada que impeça o ser de alcançar a si mesmo".]

- "enfia essa buceta no cu" já entrou pro meu repertório de ofensas.